SEXUALIDADE NA INFÂNCIA

Sexualidade na infância

Atitudes embaraçosas, perguntas constrangedoras. Tudo isso faz parte do desenvolvimento saudável da criança.

O corpo da criança

As crianças começam a explorar o corpo e as sensações do toque, fase em que é normal e natural tocar nas suas partes íntimas. Não se trata de masturbação, é uma curiosidade. 

O prazer que ela sente ao se tocar é o mesmo em todas as regiões do corpo, traz sensações diferentes e agradáveis, tanto quanto tocar a orelha ou o dedão do pé. Nesses casos, é possível distrair a criança com outra brincadeira que ela goste muito e que também lhe dará prazer, como: caminhar, mostrar as borboletas, pássaros e formigas.

Fases do desenvolvimento

Fase anal

Entre 2 e 3 anos de idade, vive-se a Fase Anal. Nesse período ocorre aquilo que chamamos de “desfralde”, quando há o contato real e visual com suas produções fisiológicas e o controle dos esfíncteres (músculos anulares que, por contração ou relaxamento, regulam o trânsito de órgãos como bexiga e intestino). Esta etapa da sexualidade infantil também requer atenção, pois um “desfralde” complicado pode gerar insegurança e “rejeição” ao próprio corpo. Existem crianças que, aos 9 anos, ainda requerem a presença da mãe para realizar sua higiene, consequência de uma Fase Anal mal trabalhada.

Fase fálica: de 3 a 6 anos

Normalmente é aqui quando começam a surgir as grandes preocupações nos pais, pois se materializam os medos de se falar sobre a sexualidade e intimidade do corpo. Ligada ao desfralde, a criança descobre seu órgão genital e, assim como nas outras fases, explora o prazer que pode sentir através dele.

A primeira questão que devemos ressaltar é que se trata de uma mera etapa da fase de desenvolvimento da criança, onde o corpo e o prazer são explorados com entusiasmo pelos pequenos, não tendo qualquer ligação com erotismo, promiscuidade ou o ato sexual. O que a criança persegue são as experiências sensoriais de prazer.

Masturbação primária: um perigo?

Não há como falar de sexualidade na infância sem falar de masturbação primária, já que é muito comum que ocorra na fase fálica, quando a criança faz a descoberta dos genitais e dos prazeres que eles oferecem através da manipulação. As crianças manipulam seus genitais com as mãos, ou então esfregam-se em brinquedos, balanços, travesseiros, etc. Para a criança, a masturbação é apenas de uma experiência sensorial de prazer e descoberta de seu corponão se assemelha em nada aos desejos dos adultos. Assim como com tudo o que é prazeroso, a criança busca a repetição. O comportamento irá se reproduzir inúmeras vezes, e não convém entrar em desespero.

Para os pais

“A situação, muitas vezes, é desconfortável para os pais, pois lhes foi ensinado que fazer isso era feio. Porém, precisamos aprender a não julgar os atos infantis com os olhos dos adultos. A criança não faz nenhuma associação com o sexo em si, ela apenas sente prazer com a ingenuidade de uma criança”. Por isso, os pais não devem ridicularizar, proibir ou cercear este movimento, pois podem com isso bloquear o contato da criança com o próprio corpo.


Fontes:

Mundo Psicologos

https://br.mundopsicologos.com/artigos/sexualidade-na-infancia-o-que-voce-precisa-saber

Bebê.com.br

https://bebe.abril.com.br/familia/a-descoberta-sexual-das-criancas-em-cada-faixa-etaria/Brincadeiras

Pastoral da criança

https://www.pastoraldacrianca.org.br/sexualidade-sem-malicia

Portal Alô Bebê

https://portal.alobebe.com.br/revista/sexualidade-infantil–fases-e-caracteristicas.html,45


POLÍTICA EDITORIAL: O site Seven Senses acredita que a educação é a chave para o sucesso no atendimento a pessoas com autismo, síndrome de down e distúrbios relacionados. Trabalhamos para garantir que a seleção de recursos e conteúdos sobre autismo e síndrome de down, aqui publicados, contribuam para a conscientização e apoio a famílias e profissionais que se dedicam ao autismo e à síndrome de down.

Observação: As informações contidas neste site não devem ser usadas como substitutivo de cuidados e aconselhamentos médicos.


Publicado por: Maria Aparecida Griza (CIDA GRIZA)

Especialista em Saúde Mental, Psicopatologia e Psicanálise / PUCPR    |     Especialista em Atenção à Saúde da Pessoa Idosa – Gerontologia / UFSC    |    Especialista em Rede de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência / UNESC    |     Formação em Integração Sensorial -LUDENS – Campinas/SP   |     Terapeuta Ocupacional da Seven Senses – Espaço Pediátrico de Integração Sensorial – Florianópolis/SC


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