O que é dieta sensorial?
A palavra dieta, regra geral, sugere a ideia de alimentação, regime de emagrecimento ou restrições de comida. Entretanto, o termo “dieta sensorial” se refere a um conjunto planejado de atividades com o objetivo de auxiliar na modulação dos níveis de atenção e respostas a estímulos.
A dieta sensorial é um plano de estratégias desenhado para o dia a dia de criança que apresenta algum transtorno do processamento sensorial (TPS). Este plano fornece o input sensorial que ajudam estas crianças a permanecerem focadas e organizadas ao longo do dia. Por exemplo, algumas delas podem se sentir oprimidas ou sobrecarregadas e precisam ficar mais calmas; por sua vez, outras podem se sentir sonolentas, desinteressadas ou alheias e precisam de atividades que aumentem o seu estado de alerta.
Como as respostas a estímulos sensoriais variam de pessoa a pessoa, cada plano deve ser individualizado e as atividades devem ser baseadas nas necessidades sensoriais específicas de cada criança.
Objetivo principal
O objetivo principal de uma dieta sensorial é prevenir a sobrecarga sensorial e emocional atendendo às necessidades sensoriais do sistema nervoso.
Primeiramente, é preciso rastrear e compreender o perfil sensorial da criança para posteriormente definir as atividades inibitórias adequadas, buscando a regulação, e deste modo poder efetivamente ajudar quando ela se sente oprimida e fora de controle.
Uma dieta sensorial é um plano individualizado composto de jogos, brincadeiras e exercícios lúdicos recomendados por um Terapeuta Ocupacional (TO) e sintonizados com o perfil sensorial da criança. Como resultado, as atividades são combinadas de modo equilibrado e buscam, através de estímulos sensoriais, tanto aumentar como reduzir o nível de alerta, dependendo da necessidade específica de cada criança.
Terapia Ocupacional
Um Terapeuta Ocupacional habilitado e com experiência em processamento sensorial é o profissional indicado para projetar uma dieta sensorial. A razão pela qual é recomendado consultar um TO é porque um dos aspectos mais complicados do transtorno do processamento sensorial é compreender o perfil sensorial da criança (hiper-responsiva ou hipo-responsiva), identificar as áreas sensoriais afetadas (propriocepção, vestibular, tátil, auditivo, visual, olfativo, gustativo) e determinar as atividades mais indicadas para ajustar o input sensorial.
A intervenção de um Terapeuta Ocupacional é recomendável também para apoio, acompanhamento, orientações e eventuais ajustes na dieta ao longo de sua utilização.
POLÍTICA EDITORIAL: O site Seven Senses acredita que a educação é a chave para o sucesso no atendimento a pessoas com autismo, síndrome de down e distúrbios relacionados. Trabalhamos para garantir que a seleção de recursos e conteúdos sobre autismo e síndrome de down, aqui publicados, contribuam para a conscientização e apoio a famílias e profissionais que se dedicam ao autismo e à síndrome de down.
Observação: As informações contidas neste site não devem ser usadas como substitutivo de cuidados e aconselhamentos médicos.
Publicado por: Maria Aparecida Griza (CIDA GRIZA)
Especialista em Saúde Mental, Psicopatologia e Psicanálise / PUCPR | Especialista em Atenção à Saúde da Pessoa Idosa – Gerontologia / UFSC | Especialista em Rede de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência / UNESC | Formação em Integração Sensorial -LUDENS – Campinas/SP | Terapeuta Ocupacional da Seven Senses – Espaço Pediátrico de Integração Sensorial – Florianópolis/SC
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